quarta-feira, 29 de abril de 2009
O símbolo da Educação Física
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Avaliando o curso: "Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC".
Informática, educação e suas perspectivas de uso.
sábado, 18 de abril de 2009
Curso nota 10
Abraços,
Prof. José Fonseca
terça-feira, 14 de abril de 2009
Formação continuada: o que é mesmo isso?
Dentro do contexto educacional, a formação continuada é a saída possível para a melhoria da qualidade do ensino, por isso o profissional consciente deve saber que a sua formação não termina na universidade, mas acompanha a sua trajetória docente, fazendo parte de um projeto de vida.
A nossa própria prática cotidiana nos faz refletir muito sobre novas possibilidades de aprendizagem, a apropriação desses conhecimentos é um processo permanente e com significados, pois a modernidade exige mudanças, atualização e aperfeiçoamento. As inovações são constantes e a escola acompanha esse processo.
Portanto, nós educadores devemos estar preparados e cientes da necessidade de renovação do conhecimento como uma prioridade crescente, como afirma FREIRE (1991) “A formação permanente é uma conquista da maturidade, da consciência do ser. Quando a reflexão permear a prática, docente e de vida, a formação continuada será exigência “sine qua non” para que o homem se mantenha vivo, energizado, atuante no seu espaço histórico, crescendo no saber e na responsabilidade”. E o caminho para essa vitória se dará através da pesquisa com a produção de novos saberes.
Quem sou eu como aprendiz?
O professor tem que se sentir como um aprendiz, que dia a dia está sempre em busca de novos conhecimentos, se atualizando. Eu me sinto assim. E por estar sempre em busca do novo, é que se ampliam as possibilidades de crescimento tanto profissional como pessoal.
Não tem local mais rico em termos de novas vivências como a sala de aula. É lá que acontecem as maiores trocas de experiências de vida entre professor e aluno, possibilitando a ambos a aquisição de novos saberes
Como dizia Paulo Freire: “Professor não é aquele que sabe tudo, mas de repente o que aprende a todo o momento, inclusive com seus próprios alunos”. Portanto, se assumir um eterno aprendiz, é estar aberto a novos desafios.
Quem sou eu como professor?
Ser professor é uma experiência rica em criar possibilidades de transformar a vida de um povo, mudando a sua história para melhor. Eu me sinto um privilegiado em poder estar contribuindo para essa melhora. Mas como toda luta exige sacrifícios, e o professor é um exímio lutador, nós às vezes nos deparamos com situações que só são superadas com muito amor e dedicação a profissão, como por exemplo: o excesso de aluno por turma, a defasagem idade/série e principalmente a ausência da família na vida escolar dos alunos. São problemas pontuais que precisam ser resolvidos a fim de dar maior sustentabilidade ao valoroso trabalho do professor.
Mas apesar dessas dificuldades, ensinar pra mim é desempenhar uma missão, que tem como lema: “educar sempre”. Com uma prática pautada pelo compromisso, pela ética e pela atualização, procurando desenvolver metodologias que despertem o interesse dos alunos pelos assuntos abordados, e tendo uma postura crítica frente à realidade que se apresenta.
Atualmente, um dos novos desafios que se apresenta na minha prática pedagógica é a questão do letramento digital, vejo que a escola e o educador não estão preparados ainda para este novo momento. Precisamos estar letrados digitalmente e pensar em práticas pedagógicas que levem os alunos ao usufruto correto dessa nova modalidade de saber.
Meus alunos e as TIC
Invariavelmente, a grande maioria dos alunos de 1º à 4º séries das escolas de periferia, não tem acesso a computadores. Isso fica evidente quando solicitamos trabalhos de pesquisa, e propomos como fonte de consulta a internet. Por outro lado, aqueles que acessam regularmente, o fazem com a única finalidade de brincar, principalmente em jogos on line, de preferência os que contêm cenas de violência.
Esse acesso é feito geralmente á partir dos”cybers”, que se proliferaram nas periferias, sem nenhum controle, permitindo que muitas crianças tenham acesso a conteúdos impróprios.
Aqueles que já têm alguma intimidade com o computador, além dos sites de jogos, os que têm informações sobre pesquisas escolares, também são acessados, mesmo sendo de maneira esporádica.
Minha escola e as TIC
Mas, a presença das TIC em muitas escolas, ainda é um sonho distante de ser concretizado. Em nosso estado, especificamente nas escolas de Ensino fundamental (1º à 4º séries), que é o caso da minha, essas novas tecnologias estão sendo ofertadas a “passos de cágado”. Com isso, os princípios fundadores da escola democrática: a igualdade de oportunidades e a formação crítica dos alunos ficam comprometidas. Em virtude disso, as mudanças ocorridas na escola nos últimos tempos no sentido de acompanhar as novas demandas, dentro desse processo de inserção tecnológica, foram pífias.
A falta de investimentos dos Governos Estaduais, que se sucederam no poder ao longo da última década, e se absteram de prover a escola desses recursos, tendo como grande vilã a municipalização do ensino, refletiu negativamente no interior das escolas, que por conta disso deixou de renovar o acesso ao conhecimento de centenas de alunos, além dos professores que viram podadas as suas possibilidades de formação continuada. Portanto, minha escola está carente desse instrumento de valorização do saber, só com a abnegação de seus professores é que ela encontra forças pra continuar crescendo, mesmo nas adversidades.